A Loja
É do tempo dos primeiros botequins, no século XVIII, abertos por italianos. Foi primeiro o Botequim do Nicola, e só depois de diferentes gerências é que Joaquim Fonseca Albuquerque o inaugura como Café Nicola em 1929, nome que perdura até hoje. Seis anos depois, em 1935, dá-se a intervenção que nos propicia alguns dos recantos que nos levam ainda hoje a querer entrar: as pinturas de Fernando Santos que retratam Bocage e a sua época, e a visão arquitectónica de Raul Tojal, que buscou modernizar o espaço recorrendo ao vocabulário da época, o estilo Déco e geométrico.
Conhecido por ter sido segunda casa do poeta Bocage – ainda presente em escultura – foi ponto de encontro de outros escritores, artistas e políticos, de tal forma que chegaram a chamar-lhe “Academia”. Quando singrava a guerra por toda a europa, Lisboa era um primeiro abrigo para os recém-chegados refugiados que acediam à cidade pelo Rossio. A última capital europeia com luz, e quem diz luz diz também uma certa paz... Nos anos 30 e 40 os estrangeiros inundaram as esplanadas do Rossio, e o Nicola terá sido palco de movimentos de espionagem e das suas histórias por revelar, não fosse o mistério parte intrínseca deste ofício.
Se todas estas histórias não lhe nutrirem o apetite, então será caso para se sentar e pedir a especialidade da casa: o Bife à Nicola. De quinta a sábado é também possível ouvir fado na sala da cave, um recanto menos conhecido do café.
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