Leitão & Irmão

A Loja

A história da ourivesaria Leitão & Irmão começa no Porto do século XVIII. José Pinto Leitão regista a marca pessoal de fabrico e abre uma loja na Rua das Flores. Dedica-se à ourivesaria popular: o “coração”, a “arrecada” e os cordões que no norte têm uso festivo. Os dois filhos do fundador e de Maria Delfina identificam-se como “Leitão & Irmão” e dedicam-se a internacionalizar o negócio. Inauguram filiais em Londres e em Paris, e recebem o título de “Ourives da Casa Imperial do Brasil”, dado pela Casa Real Brasileira. Em 1877 adicionam a Coroa Portuguesa à sua clientela real. Esse novo título faz com que se mudem para Lisboa, onde estava a nossa Corte, inaugurando a loja Leitão & Irmão do Chiado. É então registada a punção, num momento em que as contrastarias já tinham criado regras para todo o país, garantindo legitimidade às marcas com mais qualidade, e é atribuída à L&I a punção mais antiga em vigor nas contrastarias portuguesas. O nº de ordem atribuído foi o nº 33 – não havendo até hoje nenhuma outra com numeração inferior.

A loja actual foi projectada por arquitecto Ronald Gordon Hart e por Pedro Leitão, da família Leitão, fazendo uso do amarelo associado à imagem da marca. Nas paredes, moldes de jóias antigos remetem para um saber-fazer que tem vindo a passar de geração em geração, salvaguardado a cada dia nos espaços vizinhos das oficinas. Desde 1889 que o pátio de um edifício palaciano no Bairro Alto dá atelier a artistas prateiros e ourives, que outrora trabalhavam em oficinas de “vão de escada” um pouco por toda a cidade. São todas essas mãos invisíveis e mestres que permitem o alto nível de qualidade das peças expostas, e é por elas que passam os diferentes serviços que a casa oferece: desde serviços de manutenção, peças feitas à medida, peças de autor, trabalhos personalizados, reproduções, restauro, e todo o tipo de anéis, brincos, pulseiras, botões de punho, colares, outras jóias, faqueiros, baixelas, e outro tipo de peças que a arte do metal permita.