A Loja
“Raíz de Alteia”
“Untura Forte”
“Unguento d’Arthanita”
“Unguento de Madre Tecla”
“Unguento Branco”
“Pomada de Mezereão”...
Para o leigo desprevenido, parece a recitação de alguma poção. Nalguns primórdios da ervanária e da boticária, medicina e magia facilmente se confundiram. Hoje, no entanto, já não é disso que se trata. São apenas os termos inscritos nos frascos pelos quais os nossos olhos viajam enquanto aguardamos a nossa vez na farmácia Barreto.
Em disposição, vários instrumentos e complementos do ofício do boticário, que se viria a modernizar e dar lugar ao do farmacêutico. Tudo isto inserido num amplo móvel de cerejeira escura, junto aos candeeiros em bronze, os vidros trabalhados, sob o estuque do teto; um cliente dá por si a pensar que até dá gosto ter um queixume qualquer – mas que seja um lamento leve, algo que passe à primeira toma – só para vir ver o interior da farmácia.
Foi fundada em 1876 por um italiano, que no entanto preferiu chamar-lhe Farmácia Francesa. Só mais tarde
assumiu a actual morada e o actual nome, já sobre gerência de Carlos Garcia Barreto, pelo menos em 1880, que é o mais longe que a documentação nos leva.
O mencionado gosto pela história e pelo espólio explica também porque foi esta farmácia uma importante contribuidora do actual Museu da Farmácia, tendo cedido muitos dos objectos que lá se podem ver, nomeadamente faiança, rótulos, e uma importante mesa de manipulação, com dois metros de largo e tampo de mármore.
Produtos
& Serviços
Serviços farmacêuticos; medicamentos; cosmética; produtos de higiene.