Varina da Madragoa

A Loja

Sabe-se que em 1939 o atual espaço de restauração “Varina da Madragoa” estava ocupado pelo “Mercado das Meias”. Em 1940, foi emitido um Alvará para estabelecimento de bebidas a copo em nome de José de Almeida Figueiredo. Na escritura de constituição da Firma Fernando e Vaz limitada, datada de 1945, e fundada por Jacinto Fernandes e Manuel Vaz da Silva, é referida uma Casa de Vinhos e Comidas (Casa de Pasto). Em 1976, depois de ter tido vários proprietários, a Sociedade é vendida por Albino Rodrigues dos Santos e José Manuel Rodrigues a João Carlos Fernandes, António Oliveira Almeida (António Oliveira) e António Antunes Almeida. Em parceria com o Queiroz, António Oliveira, que ficou à frente do negócio, reinventa o conceito do estabelecimento aproveitando as pré-existências e transforma o espaço num dos restaurantes mais afamados da cidade de Lisboa dos anos 70 e 80.

O Restaurante Varina da Madragoa adquiriu significado para a história comercial da cidade por ser um dos restaurantes mais emblemáticos e afamados dos anos 70 e 80 na cidade. “ Em pleno bairro popular da Madragoa, a meia encosta da aristocracia da lapa, o restaurante Varina – instalado numa antiga taberna – alicia o tipicismo da tasca sem pretensões aos requintes da cozinha tradicional portuguesa (e não só), de preferência servida em barro, constituindo autêntico refúgio para escritores e políticos que ali acorrem em força sempre que há sessões prolongadas no Parlamento. O nome de Varina da Madragoa foi o dono do restaurante busca-lo há 12 anos atrás, à própria ruela da calçada onde está implementado e onde ainda hoje moram muitas varinas de canastra. (…) A Varina da Madragoa - propriedade do mesmo dono da mercearia (na esquina acima) – honra-se de incluir no seu livro de assinantes presenças habituais do Presidente da República, Mário Soares, Nuno Abecassis, Pinto Balsemão, José Saramago, e muitos dos deputados que já percorreram os Paços Perdidos. Um local a visitar e revisitar, sempre que possível. Mas só em dias que se tenha tempo para esperar … pois a demora (até arranjar mesa e ser servido) é o grande senão deste aprazível restaurante.”