A Loja
O sonho de Luís Alves Dias, fundador, sempre foi abrir uma livraria no bairro que ele considerava a «rive gauche» lisboeta. Na altura havia várias: a Concorrente, a Volga, a Compasso, hoje todas extintas. Perdura a Ler, simplesmente LER, três letras para descrever um dos maiores prazeres da vida. Desde a abertura em 1970 até à revolução de Abril em 1974 foi uma referência para os livres pensadores, por poderem ali encontrar livros proibidos pelo regime. Vendidos clandestinamente, claro. Escondiam-se os exemplares em vãos de estantes, paredes falsas ou até baldes de tinta, e só se vendiam a clientes de confiança.
Foi também editora. Publicaram-se 35 títulos, dos quais se destaca a colecção Maria da Fonte pela forma como contribuiu para a literacia sobre temas da política, da causa social e das teorias revolucionárias. Hoje serve também como centro cultural do bairro: sessões de poesia e musicais, um clube de leitura, e têm realizado lançamentos de livros, sessões de autógrafos, workshops e sessões de leitura semanal de histórias para crianças. Além disto, participa na Feira de Poesia que se realiza no Jardim da Parada.
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