Conservaria

Conserveira de Lisboa

Conserveira de Lisboa

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Telefone:

(+351) 21 886 4009

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Morada:

Rua dos Bacalhoeiros 34/34A
1100-071 Lisboa

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Horários:

Todos os dias

09:00 – 19:00

A Loja

 Quando primeiro abriu, em 1930, era uma mercearia com oferta variada, com outras conservas e doces, feijão ou salsichas. Doze anos mais tarde, quando adopta o nome que traz hoje, já se deu a especialização quase total neste produto do qual é hoje uma referência na cidade: a conserva de peixe. Todo o nosso melhor peixe: bacalhau, sardinha, atum, salmão, polvo, cavala, enguia, salmão, truta – na sua maioria provenientes de águas portuguesas. O segredo do sucesso da Conserveira assenta em grande medida na qualidade do peixe conservado. A amostragem a que nos dedicamos comprova-o, ainda que tenhamos ficado longe de conseguir cobrir o leque das receitas oferecidas: em azeite, em limão, picante, com molho de tomate, a mousse de atum, o polvo fumado, o carapau com alho e salsa, as lulas recheadas ou os rolinhos de biqueirão em azeite com alcaparras... enfim, seria possível dar a volta ao ano em receitas. Esta amplitude de sabores está organizada em três chancelas principais: a Minor, a Tricana, e a Prata do Mar. Tendencialmente – e isto não é rigoroso – sob a marca Minor encontram-se peixes mais pequenos e do sul, e sob a marca Tricana estão peixes maiores, e do norte.
Apesar da (quase) exclusividade da oferta, dentro desse parêntesis ainda cabem alguns produtos congéneres, como azeites de qualidade, conservas de doces, chutneys, tapas em conserva, e um curiosíssimo Kasutera (que seria a palavra “castela” pronunciada por um japonês) e que é basicamente o nosso pão-de-ló, ou “pão de castela”, reinterpretado pela sensibilidade e paladar do povo nipónico. Chegou ao Japão pela mãos dos mercadores portugueses, no século XVI, e tornou-se uma especialidade tradicional em Nagasaki. Viaja até às ruas de Lisboa pela mão de Paulo Duarte e Tomoko Duarte, que abrem a casa de chá “Castella do Paulo” na vizinha Rua da Alfândega. Quando a loja fechou, há poucos anos, não havia ninguém que ficasse com a receita na cidade, e o actual proprietário da Conserveira, com a sua mãe, resolveram arriscar.


Hoje, o Castella do Paulo ainda existe e dá a provar esse feliz casamento luso-japonês num estabelecimento em Quioto. E nós, por cá, não ficamos sem o nosso Kasutera, versão mel e versão chá verde... No fundo, uma combinação que à partida não primava pela coerência – pão de ló e conservas de peixe?! – tem por detrás uma bela história de sinergia entre lojistas, e apoio-mútuo entre lojas: as que fecham e mudam e cedem receitas e emprestam recursos e influenciam gostos, e as que ficam, para contar a história.
Outras relações se estabelecem entre as lojas desta rua dedicada ao bacalhau – rua que praticamente entra loja adentro pelo chão em calçada portuguesa. A Conserveira é uma loja virada não só para os estabelecimentos vizinhos, tanto quanto para a cidade e a sua vida cultural. O projecto tem sido uma investigação em como conciliar a experiência gastronómica com a experiência social e cultural. Isso vai desde algo tão simples quanto o convidativo banco de correr ali colocado, reminiscência dos tempos em que os clientes tinham outro vagar e se sentavam a conversar com os lojistas; até aos diferentes projectos que a Conserveira tem vindo a organizar ou patrocinar. Exemplo disso é o “Música Com Lata”, uma iniciativa de 2013, em que foram convidados músicos para intervirem e personalizarem “a sua” lata de conservas, posteriormente vendida na loja. No lançamento de cada uma destas edições especiais realizou-se um concerto do respectivo artista no espaço da loja. A experiência transbordou, literalmente. A rua encheu e fica marcada a memória na atmosfera da rua – porque nem só de peixe vive o homem...

Conserveira de Lisboa
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Produtos
& Serviços

Conservas de peixe.

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