A Loja
Manoel Francisco Nunes Martins abriu a tabacaria em 1916, na altura com outro tipo de oferta, como se pode ver pelas sobreviventes inscrições na pedra, na fachada do edifício: «tabacos nacionaes e estrangeiro – cervejas – aguas» e «artigos de papelaria papel selado selos e letras – loterias e jornais». Outra placa, em metal, anuncia: «vendem-se estampilhas e mais fórmulas de franquia de correios e telegraphos». Mais tarde especializou-se no tabaco e na imprensa, e são esses os produtos que ali encontramos hoje. Já sob a gerência de Ana Martins, actual proprietária, ampliou-se a oferta adicionando a secção de papelaria, da qual os cadernos “moleskine” são um artigo muito procurado. Finalmente, sinal dos tempos, os últimos anos viram o proliferar de postais e outros artigos para o público que é turista. Atrás do balcão, no interior de serviço, há um armário embutido na parede, composto de pequenas gavetas ainda nela etiquetado algum nome (com a familiaridade de um simples “Sr. Mário”) ou designação (“Lotarias do Velho”). Outrora, era aqui que se guardavam as lotarias reservadas por clientes da casa.
Os painéis em madeira que revestem a tabacaria são de origem. Os mesmos a que muitas fontes gostam de chamar boiseries, para quem tiver problemas com o nosso menos-chique “painéis” ou “revestimentos”. Foram um projecto do avô da actual proprietária, o fundador. O que é especial nestas boiseries (é um facto, que soa melhor!) é formarem uma peça única, unindo os armários ao balão encastrado e à própria montra. Note-se o entalhado no friso superior.
Hoje vende tabaco de enrolar, cigarros e cigarrilhas, charutos, e tudo o que demais tenha a ver com fumar, e também imprensa nacional e estrangeira, material de escritório, de arquivo e impressão, bem como material escolar, jogos didácticos e os jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
É dos poucos lugares em Lisboa onde se podem adquirir bilhetes para os espetáculos da vizinha ZDB, a galeria Zé dos Bois.
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& Serviços
Tabaco, imprensa, jogo