A Loja
"Alguns dos elementos construtivos/decorativos presentes no interior da loja remetem para uma estética de finais de oitocentos ou inícios do séc. XX e o formulário da candidatura refere como ano de abertura 1917. No entanto, a primeira referência a este espaço como leitaria surge a 5 de Janeiro de 1937 num processo em que a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro solicita à CML a colocação de uma placa envidraçada, na parede entre os vãos do estabelecimento, a publicitar os vinhos do Porto da Companhia Velha, fundada em 1756, para venda na “Leitaria de José Francisco Silva”, fazendo a dita placa também alusão a outras iguarias da loja: “Pastelaria, chocolates e refrescos”. A “Leitaria Académica” foi constituída por escritura a 27 de Dezembro de 1937 e tornou-se arrendatária do espaço em análise a 26 de Janeiro de 1938. Em 1966 foi elaborado um novo contrato de arrendamento, data em que os sócios gerentes eram Manuel Rocha de Almeida e José Pedes. Entre 1994 e 2018 teve como dono Raul Gomes. Paulo Jorge Pires Pereira tornou-se o dono do estabelecimento em 2018".
O estabelecimento insere-se num antigo palácio (dos Albuquerque Mexia) reconstruído após o terramoto em 1787. Conhecido por palácio (ou casa) do Carmo (na parede frontal da loja há uma inscrição com a data da reconstrução do palácio e o nome pelo qual se passou a designar) e depois de 1910 por Casa Campos e Sousa, altura em que Augusto Cesário de Campos e Sousa herdou o imóvel e transformou o 1º andar, onde residia, numa verdadeira galeria de objetos de arte (segundo Gustavo de Matos Sequeira). Muito provavelmente a espacialidade original é anterior à abertura deste estabelecimento em 1938. Apesar de ter havido obras de alteração recentes mantem-se a planta rectangular do espaço de venda ao publico com elementos construtivos/decorativos, em estuque relevado e/ou madeira pintada, cuja estética remete para finais do séc. XIX inícios de XX.
Produtos
& Serviços
Café e Pastelaria